Com Duo EU+TU, Beta Cunha e Jaqueline Cardoso lançam espetáculo que evoca divindades femininas de origem africana

Estreia nesta quarta-feira, 12 de outubro, o espetáculo online “Yabàs: Divindades do Candomblé”, do Duo EU+TU, formado por Beta Cunha, atriz, professora e arte-educadora, e Jaqueline Cardoso, multi-instrumentista, cantora, atriz e compositora. Responsáveis pela concepção, pesquisa e atuação, com o trabalho, as artistas de São José do Rio Preto (SP) revisitam suas raízes e a tradição africana para homenagear as Orixás femininas. O lançamento acontece 19 horas, no YouTube, seguido da roda de conversa “A importância da manutenção da tradição oral e da ancestralidade negra”, com participação da dupla. A produção fica disponível no canal do projeto até domingo (16/10).

Na cultura africana, Yabà é a palavra utilizada para denominar as Orixás femininas, arquétipos que representam a potencialidade, o poder, a sabedoria e conhecimentos reservados e guardados desde as mulheres antigas para as mais novas. Yemanjá, Oxum, Yansã, Obá, Nanã e Ewa são reverenciadas e recontadas pela montagem, que parte da musicalidade e da pesquisa sobre contos e lendas africanas para falar da vida e do universo dessas divindades de maneira lúdica e pedagógica.

Lançando mão da contação de história, da música, de cantos e contos, as artistas exaltam as histórias de força, sensualidade, magia, encantamento, luta, sororidade e guerra protagonizadas pelas Yabàs. Entre repertórios musicais e sonoros, a narrativa conecta o passado ao futuro que se aspira. “Nosso objetivo é contar fatos e perspectivas bonitas, inspiradoras e prósperas do povo negro. Entendemos que esse é um papel efetivo e necessário para o enfrentamento do racismo e da misoginia. A arte é ferramenta potente de ação, reverberação e transformação da realidade”, reflete Jaqueline Cardoso.

“Esse resgate fala mais do que histórias de contos de fadas ou histórias que podem ser interpretadas como fantasiosas. São os contos e as histórias que tecem a ancestralidade, ligação da cozinha com o terreiro, da avó para a neta, das crianças e seus mais velhos. As histórias são o fio narrativo do protagonismo e da herança negra, são a partir delas que surgem o pertencimento, o aquilombamento e a narrativa própria de uma visão de mundo”, pontua Beta Cunha.

O projeto foi desenvolvido de forma independente durante a pandemia, quando participou de dois festivais online de São José do Rio Preto (Mostra dElas, 2021) e no Festival frESTA (2021). A produção audiovisual que agora estreia é realizada com apoio do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, e do Programa de Ação Cultural ProAC Editais.

Sobre Beta Cunha

Atriz e diretora teatral, ensaiadora e diretora de dança com mais de 30 anos de trajetória, trabalhou com diversos diretores e companhias teatrais de São José do Rio Preto. Integra atualmente o elenco da Cênica. Participou como produtora de várias edições do Festival Nacional de Teatro de Rio Preto e do atual FIT Rio Preto e também da Mostra Resistências. Atuante como Contadora de Estórias, Contos, Lendas e Itans Africanos, feminista e praticante do Candomblé. Eleita em 2020 representante da cadeira de Cultura Negra e Indígena para o Conselho Municipal de Políticas Culturais de Rio Preto. Atualmente é instrutora de Teatro nos Núcleos Municipais de Arte e Cultura de Rio Preto.

Sobre Jaqueline Cardoso

Cantora, compositora, atriz, produtora, musicista autodidata e pesquisadora das artes. Natural de Lins, iniciou sua trajetória aos 12 anos. Radicada em São José do Rio Preto desde 2011, onde desenvolveu projetos significativos para sua carreira musical, como “Pedaço do meu chão”, o primeiro dedicado ao samba de terreiro e destaque na Virada Cultural Paulista de 2013; “Claridade”, homenagem a Clara Nunes; e “Elas cantam Tim Maia”. No teatro, integrou o elenco de espetáculos da Cênica como “Virado à Paulista”, “Queijo & Goiaba” e “Oi lá, Inezita”. Autora do espetáculo musical “Aos donos da rua”, inspirado nas entidades Exu e Pomba Gira, apresentado no festival Breu, do Sesc Rio Preto; do show “Samba viola e poesia”, da banda de axé Dona Encrenca; e do web show “Reminiscências, o retrato da memória”, música e poesia na obra autoral. Idealizadora e produtora no ASÈ FESTIVAL CULTURAL (2020).

SINOPSE:

Uma apresentação artística em forma de Contação de Itans e Lendas africanas sobre as Orixás, nossas Yabás. Divindades presentes no Culto Africano, mães, rainhas, guerreiras e mulheres. Trazendo canções autorais, misturadas a algumas cantigas Yorubàs, exaltamos as Yàs do Candomblé. A apresentação envolve a vida e universo dessas Orixás, suas histórias de Poder, Força, Sensualidade, Magia, Encantamento, Luta, Sororidade, Guerras e muito mais. Os Arquétipos e o legado que essas Orixás deixaram para as Mulheres.

FICHA TÉCNICA:

Gravação e licenciamento – Yabàs: Divindades do Candomblé (Duo EU+TU)

Elenco e concepção: Beta Cunha e Jaqueline Cardoso

Músicos convidados: Bruce Lima (guitarra); EIisangela da Silva Ribeiro Cruz (contrabaixo e backing vocal); José Eduardo Pereira Neto (conga, repique anel, triângulo e efeitos) e Kauê Luan Costa Vieira Rocha (congas, trio de surdos, malacacheta, zabumba e efeitos)

Produção executiva: Cristiane Aparecida da Silva Vieira

Produção administrativa: Carolina Capelli

Produção audiovisual: Abaeté Produtora

Direção de arte e cenografia: Léo Bauab

Som Direto, mixagem e masterização: André Clinio

Figurino: Verginia de Oliveira Santana

Assessoria de imprensa: Graziela Delalibera

Design gráfico: Elissa Pomponio

Fotos still: Jorge Etecheber

SERVIÇO:

Yabàs: Divindades do Candomblé, com o Duo EU+TU

Quando: estreia na quarta-feira (12/10), 19h, e fica disponível até domingo (16/10)

Onde: canal do Duo EU+TU no YouTube (acesso pelo https://linktr.ee/duoeumaistu)

Classificação: livre

Duração: 47 minutos

Gratuito

Mais informações: facebook.com/duoeumaistu e instagram.com/duoeumaistu

Fonte: Assessoria de Imprensa/Graziela Delalibera