Parado no Tempo
Acho que Brasil não dá certo devido a setores que pararam no tempo. Qualquer projeto de mudanças eles são contra. A não ser que elas sejam feitas por seus partidários para deixar tudo como está. Aconteceu com a reforma da educação. Teve gente contra soltando os cachorros. Para muitos foi um absurdo uma reforma ser feita por MP. Ô Zé, não sabe que MP vai para o Congresso. Até agora já existem centenas de emendas. Até o balofo do Faustão caiu matando usando palavras impróprias para um programa “família” de TV. Um partideco esquerdoide entrou com um pedido para anular tudo, que foi parar logo para quem? Edson Faquin! Ele não rejeitou o pedido, e pediu esclarecimento para Temer, para o MEC, para o Congresso, para o MP, para sua mulher, para sua antiga professora, para a moça do café do STF… O partideco alega que haverá perda da qualidade do ensino, aumento das diferenças sociais, descompasso entre alunos do ensino médio e fundamental e a jornada de 7 horas vai afastar alunos que trabalham. Quanta bobagem! Perda de qualidade? Não temos nenhuma? Os países que estão entre os primeiros do mundo no ranking da educação adotam sistema parecido. É preciso se alinhar com os melhores e não ficar afeito a um passado e a um presente nebuloso. Que mundo eles vivem?
Consenso
Há consenso entre os educadores, independente de ideologia – sim, há gente de esquerda conectada com a realidade – que o ensino médio do Brasil é um dos piores do mundo: ineficiente, engessado, desconectado da realidade. Esses avessos a mudanças talvez sofram de esclerose e esquecem que essa reforma está sendo gestada desde o inicio do governo do ParTido, portanto não é coisa que saiu da cartola agora. Há também um projeto de lei de 2013, na Câmara, que vai mais devagar do que jaboti atrofiado. Nesse tempo todo concluíram que é preciso mudar. Os secretários estaduais da educação são a favor e o consenso geral é de que sem mudança continuaremos na rabeira em qualquer ranking da educação entre os países. Nas provas internacionais que nossos alunos participam, dá vontade de chorar o desempenho deles. E eles não têm culpa. Vamos continuar nesse atraso?
Demorando
A lista de inquéritos abertos no STF, depois de dois anos e meio de Lava-Jato, só aumenta. Mas os desfechos da corte dos casos de corrupção envolvendo alguns não tão nobres parlamentares e outros ainda menos nobres ministros, seguem em no passo de lesma com artrite. Nenhum dos mais de 90 investigados foi condenado até agora. Apenas dois “privilegiados”, nosso conhecido de longa data, Eduardo Cunha, e outro desconhecido de longa data também, o deputado Nelson Meurer (PP-PR) respondem a ações penais. Janot, o chefão da PGR, admite a lentidão, mas não culpa o STF e nem a lesma doente. O problema é que o Supremo não é para formar processo, mas julgar processo e quando se inverte o processo ninguém entende mais nada do processo porque não sabe qual é o processo que se deve seguir, o que deixa todos possessos.
E Tem Mais
O STF conduz no momento mais de 40 inquéritos, denuncias e ações penais da Lava-Jato. Todos no gabinete do ministro Teori Zando..Vaski, ou coisa parecida. No total, o STF vai bater 4.400 inquéritos abertos até hoje em sua história. A avaliação dos especialistas, magistrados, videntes, palpiteiros e chatos de plantão, é que a Corte não tem vocação penal. Por isso dá pena vê-los perdidos no meio de tanta ação, deixando-os sem ação. Para os investigadores, porém, Teori Zou..Vaski, não deixa nada atrasado em seu gabinete, põe todos para correr. Nas palavras do ministro ele diz que não acelera e nem desacelera, deixa tudo em ponto morto, vai fazendo na medida o que tem de fazer.
Subindo
A panela tá esquentando! A Terra bate recorde de calor pelo 11º mês consecutivo. Agosto foi o mês mais quente dos últimos 136 anos. Segue a tendência que vem se repetindo há anos do aumento da temperatura do planeta num claro sinal que não deixa dúvidas: o aquecimento global provocado pela nossa destemperança está chegando. Chegando a um ponto que para reduzir a fornalha que provocamos pode ser preciso mais do que o recente Acordo de Paris, cheio de boas intenções. As metas se forem cumpridas pelos países que assinaram o acordo, pode não ser suficiente. E outras medidas mais drásticas podem chegar tarde demais. As temperaturas vêm batendo recordes sucessivos e a continuar assim 2016 será o ano mais quente da história, superando 2015, que por sua vez superou 2014, que por sua vez… E a venda de passagens para a Lua e Marte nem foram liberadas ainda!
O Touro
Nhô Bosterino tinha o melhor touro da região. Era chegar uma vaca e ele não negava fogo. Os pecuaristas alugavam Sansão para cobrir suas vacas. Um dia, cansados de pagar aluguel, eles decidiram comprar o touro. Nhô Bosterino que não era bobo pediu uma fortuna. Os fazendeiros foram então conversar com o prefeito, que de olho na reeleição, resolveu comprar o bicho com dinheiro público e garantir os votos dos pecuaristas. Foi uma festa, o touro desfilou pela cidade. No dia seguinte, chega uma vaca de raça no belo pasto em que o touro estava instalado com todas as mordomias. Sansão olhou…Olhou… E nada. Veio outra e mais outra, e mais muitas outras, Sansão olhava… cheirava… e se afastava. Foram reclamar com o prefeito que o touro não queria “traçar” as vacas e ele manda chamar Nhô Bosterino para dar um jeito. “O qui há com ocê, num qué trabaia, Sansão?” O touro bocejando, responde: “Não enche o saco. Agora eu sô funcionário público”. O prefeito foi reeleito, mas o MP descobriu a maracutaia do Sansão e ele acabou cassado.
Bons Livros
Ken Follet, escritor britânico, não é nenhum Paulo Coelho, escreve bem melhor. Já vendeu mais de 100 milhões de livros e quatro deles chegaram ao topo dos mais vendidos do New York Times: Triângulo, A Chave de Rebeca, O Vale dos 5 Leões e Mundo Sem Fim. Além deles, O Buraco da Agulha e o mais recente, a trilogia O Século, saga sobre cinco famílias, foram grandes sucessos. Follet escreve thrillers e romances históricos com ação, espionagem e guerra num ritmo rápido e situações que prende os leitores, fazendo com que o leitor queira chegar logo ao fim para conhecer o desfecho. Seu mais recente livro é Noite Sobre As Águas, uma história em que o Reino Unido declara guerra á Alemanha. Na véspera um enorme hidroavião luxuoso decola com destino a New York levando nobres, ricaços e a escória da humanidade. Qualquer livro de Follet é um ótimo entretenimento. Deixe a TV de lado para arejar o cérebro. A venda nas boas casas do ramo. Aceita-se: vale “curtura”, vale transporte, vale refeição, vale cheque, vale a pena, vale tudo…
Quem Tem Fama…
Um cara passeia no Central Park, New York, e vê um cão raivoso prestes a atacar uma garotinha apavorada. Curiosos se aglomeram, mas falta coragem para encarar a fera. O cara não vacila, atira-se sobre o cão, dá-lhe uma gravata asfixiando o bicho e salva a garotinha. Nisso chega policiais atraídos pela gritaria. Ao ver a cena, um deles, parabeniza o cara.
“O senhor é um herói, amanhã estará nas páginas dos jornais: Nova- iorquino herói salva garota de cão bravo”.
“Obrigado, mas não sou daqui”.
“Bem, então dirão”: “um americano…”
“Também não sou americano”.
“O senhor é o que”?
“Sou árabe”.
No dia seguinte a manchete está jornais:
“Terrorista árabe massacra cão, no Central Park, em frente a uma garota que chorava aterrorizada”.
Perdendo
O Brasil está perdendo a chance única do bônus demográfico que todo país tem em determinado período de sua história, quando o grupo de pessoas em idade de trabalhar é maior do que o de pessoas que não trabalham, as crianças e os velhinhos. Nosso bônus termina em 2030 e precisamos urgente de reformas que alavanquem nosso crescimento para aproveitar esse momento único. Depois paulatinamente diminui a quantidade de pessoas que trabalham em relação às crianças e aos veteranos. Se nada for feito, ou feito em ritmo de bicho preguiça com sono, continuaremos a ser o país do futuro que nunca chega. Nosso bônus começou na década de 70. Olha quanto tempo já perdemos! Se continuarmos a bater cabeça, corremos o risco de nos tornarmos uma nação pobre e envelhecida.
Sete Homens…
E Um Destino não é sobre homens que querem casar. É um filme, um faroeste, raro atualmente, versão do filme de 1960, que por sua vez foi inspirado em “Os Sete Samurais” de 1954, do grande diretor Akira Kurosawa. Essa versão atualizada vem com o rótulo do chatíssimo politicamente correto com diversidade cultural. Felizmente não atrapalha a história conhecida pelos velhinhos que assistiram a versão de 1960 e alguns até o filme do Kurosawa. Sete homens, entre eles um índio bamba no arco e flecha, um oriental atirador de facas, um velhote mestre em atirar machadinhas, um pistoleiro bom nas cartas, se reúnem a pedido de uma viúva para ajudar as pessoas de uma cidade, vítimas de um tirano explorador de terra. O final é explosivo, com muita ação, pancadaria, tiroteios e correrias. Um ótimo filme para se visto com uma pipoca gigante. Quem for ver em 3D é bom se abaixar nos tiroteios. Vai que sobra uma bala perdida.
