O prazer do capital com a condenação de Lula

 

Num prazer orgástico, a dona Leilane Neubarth, na GloboNews, anuncia que o mercado financeiro reagiu com euforia à sentença condenatória e o dólar baixou a R$ 3,20.

Claro que é tiro de festim. Do ponto de vista econômico, é óbvio, a condenação de Lula vale zero. Lula, hoje, não tem, evidentemente, nenhuma influência sobre as políticas econômicas.

Mas é interessante e reveladora a reação da “turma da bufunfa” diante da sua expectativa, sonho e desejo que Lula não possa disputar e vencer as eleições presidenciais. O que lhes terá feito Lula?

Confiscou lhes algo? Não.

Por acaso, esta turma perdeu dinheiro com os oito anos de governo Lula? Não.

Ao menos deixou de ganhá-lo, e muito? Também não.

Ao contrário, ganharam muito com a estabilidade e o progresso econômico do país.

Como são gente prática, da economia sem partido, alérgicos a ideologias e avessos a nacionalismos, ainda que progressistas, uma pergunta salta, necessária.

Será que estão ganhando mais com o Brasil da recessão, da crise, dos serviços públicos parando, da educação sem aulas e da saúde sem gaze?

Do contrário, porque vibrar com a exclusão política de quem lhes deu a fartura do Brasil que progredia?

Será que não querem ganhar dinheiro produzindo, vendendo, trabalhando, com um mercado – palavra que tanto louvam – forte e crescente?

Será que querem ganhá-lo, apenas, usando o Estado como coletor, como cano de dreno da parca renda e riqueza que o trabalho produz?

Será que lhes bastam as migalhas que recebem, como Judas, por traírem a soberania nacional?

Será porque não lhes basta ganhar dinheiro, muito dinheiro, mas reduzir o povo a lixo?

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