O código do velho oeste

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A conhecida costa oeste americana notabilizada pelos filmes de western, na verdade teve lugar  no início do  século XIX, principalmente graças  à iniciativa governamental do presidente Thomas Jefferson, depois da compra da Luisiana em 1803. A expansão da fronteira foi considerada como uma oportunidade de riqueza e progresso.

A incessante e prolongada migração de pessoas do leste para o oeste deslocou culturas ancestrais e oprimiu minorias étnicas de ameríndios. Em contraste, o período suscitou importantes avanços na indústria, comunicações e agricultura, à custa, em vários casos,  de uma intensa exploração dos recursos humanos e naturais.

O oeste era considerado um território selvagem e inóspito, com escassas possibilidades de ser habitado. Para isso,  nada importava o fato de que os povos ameríndios estavam há vários milênios  vivendo lá. Os episódios  históricos mais marcantes tiveram lugar principalmente o código do velho oeste e entre os anos de 1860 a 1890, durante a fase mais relevante da  expansão da fronteira dos Estados e até hoje são recriados por diversas manifestações de arte.

No cinema, o gênero designa-se western e narra histórias de cowboys, pioneiros, ameríndios, garimpeiros, empresários, etc. Histórias de pessoas variadas e as condições que empreenderam a aventura do oeste com a esperança de alcançar o êxito pessoal,  mas que acabaram,  muitas vezes, confrontados com a justiça ou com a fatalidade do destino.

Naquela época os colonizadores adotaram um código de princípios que consiste em  10 lições sábias e que, de acordo com a Revista Brasil Rotário do mês de janeiro/2016,  foi resgatado pelo escritor  americano Jim Owen, em sua obra “Cowboy Ethics”, ainda não  traduzida para o português.

A seguir os princípios básicos do código:

“1-Viver cada dia com coragem;

2-Sentir orgulho do seu trabalho;

3-Terminar o que começar;

4-Fazer o que deve ser feito;

5-Ser duro, mas ser justo;

6-Manter a promessa;

7-Representar (Ride for the Brand), ou seja: em tudo que fizer, represente você, sua empresa, sua posição, sua profissão, seu país;

8-Falar menos e fazer mais;

9-Lembrar-se que algumas coisas não estão à venda;

10-Permanecer fiel ao que você acredita.”

Esses princípios também são conhecidos como: “A ética do cowboy e o valor do aperto de mão”.

Praticamente não  são novidades eis que muitos são   citados e reproduzidos, mas é preciso lembrar que foram criados há praticamente um século e meio para  nortear a conduta e os costumes de uma época onde a bala, o  revolver e o duelo  desafiavam as autoridades.

Embora vetustos, é inegável que ainda  permanecem contemporâneos.

Conhecê-los é como dar um mergulho no tempo das caravanas e das carruagens do velho oeste e descobrir que,  atrás do mito notabilizado nos filmes de bangue bangue,  existia um sábio e interessante código de conduta que era respeitado por colonizadores e colonizados e se mantém atual, embora nem todos o levem a sério, principalmente nossos políticos que não costumam cumprir, notadamente, o sexto  e oitavo princípio.

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