Nossa língua e os bordões criados pela tv

                        

Apesar do português ser uma língua falada por um número não muito expressivo de países e pessoas –  aproximadamente 280 milhões de falantes, o que a coloca como a 5ª língua mais falada no mundo, a 3ª mais falada no hemisfério ocidental e, ainda, a mais falada no hemisfério sul-, ainda assim é uma das mais melódicas e sonoras, só ficando atrás do francês, que é considerada a mais bonita do planeta.

É bem verdade que, além de Portugal e Brasil, apenas outros oito países falam o português, sendo eles: Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e Macau.

Outro dado interessante é que, enquanto o inglês é falado por mais de um bilhão de pessoas no mundo, o português não vai além dos 280 milhões de falantes e desse número, 75% estão no Brasil, o que faz do nosso país o maior depositário da língua.

Outra curiosidade é que o Grande Dicionário Houaiss, que completou 21 anos em 2021, em sua versão digital, registra que a nossa língua possui 236.000 palavras. Interessante lembrar que existem mais de 6.500 línguas faladas no mundo, mas apenas oito são derivadas do latim:  italiano, francês, espanhol, catalão, galego, português, provençal e, surpreendentemente também o romeno.  

Números e curiosidades à parte, a coluna de hoje vai tentar relembrar algumas gírias e bordões que em determinado momento foram moda, principalmente influenciados pela televisão. Esse tema já foi abordado em “Gírias Démodé”, publicada no mês de junho do ano de 2016, que focou mais objetivamente as gírias faladas no século passado, principalmente na década de sessenta. É fato incontestável que a televisão aberta celebrizou muitos bordões através dos programas humorísticos, esportivos, jornalismo e principalmente as novelas da Rede Globo.

O elenco de bordões a seguir diz muito dos personagens e da época em que eles se tornaram notabilizados: “Foi sem querer, querendo. ” (Chaves/SBT), “Isso é uma vergonha! ”(Boris Caoy), “Mara” Seu Ladir (Ítalo Rossi) em Toma Lá, Dá Cá. –  “Fala sério! ” Marretinho Carioca (Bussunda) em Casseta e Planeta.  –  “Certo ou errado? ” Sinhozinho Malta (Lima Duarte), em Roque Santeiro. – “Olha o gol, olha o gol” (Galvão Bueno) narrador de futebol. –  “Agora eu se consagro. ” (Milton Leite), narrador de futebol do SportTV. – “Pelo amor dos meus filhinhos”(Silvio Luiz), narrador de futebol. –   “Aí, como eu tô bandida“ da Valéria e Janete, em Zorra Total. – “Tô paganu! (Lady Kate) também em Zorra Total. – “Né brinquedo não! ”  Dona Jura, em O Clone. – “Beijo do gordo! ” (Jô Soares). –  “E o salário, ó.…” e “É vapt vupt” (Chico Anisio) em Escolinha do professor Raimundo. – “Corta pra mim” (Marcelo Rezende) em Cidade Alerta. – “Me ajuda aí! ” e “Só no nosso?”(Datena) em Brasil Urgente. –  “A Rutinha é boa e a Raquel é má“ do Tonho da Lua. – “É felomenal” Giovanni Improtta (José Wilker) em Senhora do Destino. –  “É chato ser gostoso“ do Zé Trindade. – “É tudo culpa da Rita“ da Carminha. – “Eta lelê“ da Tieta. – “Eu não vim pra explicar. Vim para confundir!” (Chacrinha). – “Eu só abro a boca quando eu tenho certeza!”  Da Ofélia. –  “Gracinha!”(Hebe Camargo). – “Eu tô aqui pra me arranjá!” e “Eu quero que o povo se exploda” Justo Veríssimo (Chico Anisio) em Chico City. – “Eu só queria entender”(Macaco Sócrates) em Planeta dos homens. – “Quem quer dinheiro?”(Silvio Santos).

E tem muitos outros, que caíram no gosto popular fazendo com que as pessoas deles se lembrem instantaneamente ao ouvi-los. E,  muitos incorporados ao vocabulário das pessoas,  se tornando até  parte do dialeto coloquial, como dizem os filólogos. É o poder da TV influenciando a língua e a cultura de um povo.

Fonte: Wikipedia, https://www.agregafrases.com.br/bordoes-famosos-que-cairam-no-gosto-popular/, https://www.mensagenscomamor.com/bordoes,

https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quantas-linguas-existem-e-quais-vieram-do-latim/

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