Luiz e Marita, unidos até na despedida

        

Ela foi uma brilhante educadora que fez da profissão um sacerdócio e o sacerdócio de professora como profissão. Era doce, meiga e extremamente educada. Filha de Antonieta e Dr. José Perri, médico sanitarista cujo nome está eternizado no principal Posto de Saúde da cidade que fica na Rua Pará, próximo ao rio São Domingos.
Ele, por décadas juntamente com o seu pai José, esteve à frente do Posto Valentim, um dos mais tradicionais da cidade que funcionava na Rua Amazonas esquina com a Rua Cuiabá, onde hoje está a loja da Casa Verde. Era um homem do bem, igualmente muito educado e de fino trato. Desde que se conhecerem tornaram-se inseparáveis e construíram uma vida juntos. Eram tão unidos e cúmplices  que sempre diziam entre si que, quando fosse o momento de um fazer a travessia o outro não tardaria em ir também, juramento que só a filha Christiane sabia. Talvez por isso não tiveram tempo de se despedir, ou talvez, quem sabe,  por capricho e  obra do destino. Marita fez a derradeira viagem no domingo e Luiz,  no dia seguinte e, quis o plano divino que assim fosse para que não houvesse tempo para um sentir saudade do outro e para que  o reencontro no outro plano fosse uma surpresa para ambos –  privilégio dos justos e de poucos –. No velório do Luiz,  os mesmos amigos que haviam estado no dia anterior prestando homenagens à Marita, porém, com uma diferença que poucos notaram – o filho André que, por influência do tio Chico(Francisco Cano de Aro),  tornou-se corinthiano desde a infância, trajava a camisa do Palmeiras, que o pai, palmeirense fanático, gostava de usar, principalmente nas vitórias do seu glorioso verdão. Essa,  talvez,  tenha sido a forma mais sublime do André homenagear o pai, que sempre respeitou a sua opção de ter escolhido o time rival como seu clube de coração. Foi-se o casal, mas fica o legado do exemplo de cordialidade, dedicação, gentileza, amor e tantos outros predicados,  erigidos durante toda a vida.
A partir de agora eles passam a morar eternamente nos corações daqueles que os amavam em vida.  Os filhos, os netos, os amigos e a comunidade terão que viver com a saudade e a imorredoura lembrança, porque a doçura e a amabilidade do casal Luiz e Marita se foram para sempre para habitar  no plano do Senhor. A propósito,  segue abaixo mensagem extraída do filme “Corajosos”. – “Eu ouvi muitas pessoas que perderam ente querido dizer que de alguma forma é como aprender a viver com uma amputação. Você sara, mas nunca mais é o mesmo. Mas também ouvi dizer que,  aqueles que passam por isso e confiam no Senhor, acham um conforto e criam uma intimidade com Deus que a maioria das pessoas nunca experimenta.
Deus não promete uma explicação, mas promete andar conosco na dor.” (palavras confortantes ditas por um pastor ao Adam, personagem principal do filme “Corajosos” que,  no filme acabara de perder a filha Victória de apenas sete anos)

 

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