A VOLTA – Eu voltei, voltei a escrever, porque é o que sei fazer, porque me dá prazer, porque adoro ler, porque sem saber quem lê, quero ver todos lendo o Café. Minhas férias foram ótimas! Cafezinho no Café da Esquina, pão com manteiga na padoca… Nessas andanças conheci boas lojas de supermercados: Extra…ordinário, Big…bomba, Wal…parede e uma nova rede, Bolo de Sal, concorrente do Pão de Açúcar. Andei muito também da sala para a cozinha, da cozinha para beber água, daí para o quarto, do quarto para o escritório… Foram as melhores “férias” da minha vida. Viagem sem viagens. Descansei muito! Até cansei de tanto descansar. E aí voltava a descansar. Porém, houve motivos para “férias” diferenciadas. O recrudescimento da pandemia interferiu na viagem. Meu garoto prestou vestibulares como treineiro se preparando para 2022. E ficamos naquela: “vamos a próxima semana”. “Na outra nós vamos”. Nessa semana não vai dar, ele está estudando para a Fuvest”. “Fica para a semana que vem”. Sim, de 2022. É a primeira vez que fico de férias sem viagens. Minhas férias foi iguala do cara que espera o ano todo e quando sai chove pra cachorro e ele não pode ir a praia. Volta desanimado, chateado, esperou e planejou o ano todo e ficou em casa. Eu defendia que era melhor férias com chuva do que trabalhar com sol. Eu não queria nem saber, com sol ou chuva, férias já estava na estrada. E sempre me dei bem.
O CORONA – Essa peste voltou com força total. Deu um refresco até novembro para o pessoal pensar que ele estava sumindo. E aí liberou geral! Vermelho, laranja, amarelo, verde… A turma foi relaxando, aglomerações, festas, praias lotadas, máscara em casa, álcool só para beber, tudo voltando ao normal. Veio o final de ano, mais festa, todos se esbaldaram. Era o que o corona queria e ele voltou, voltou até com nova roupagem, com mais poder de contaminação e provável mais letalidade. Rapidamente os números de contágios e mortes subiram a níveis de picos em 2020. E agora, apesar das cores não serem tão rígidas como em 2020, o fato é que o corona está em alta, feliz da vida. Não espero um ano muito melhor que 2020. “É mas esse ano tem vacina”. Sim, porém não se anime muito. Lembre-se que nem todos serão vacinados. E quem for vai demorar alguns meses até a vacina começar a fazer efeito e imunizar os vacinados. Dentro da minha real, acredito que somente lá pelo final do ano é que o resultado da vacinação mostre efeitos conclusivos descendo a ladeira de casos e mortes. O que me leva a considerar que 2021 será outro ano perdido, pelo menos para mim.
A VACINA – É o assunto do momento. E nem poderia ser diferente, é a nossa esperança para combater o corona. Sua importância é tão grande que o presidente da China, Xi Jimping, fez um pedido no Forum Econômico Mundial, em 25/1, em Zarvos, Suíça. Ele pede um acordo e entendimento entre governos para incrementar a colaboração para fabricar e distribuir a vacina e estar disponível a todos as nações. Diz que a China cooperou com mais de 150 países, 13 organismos internacionais e enviou equipes médicas a outros 35 países. E vai continuar dando assistência a países menos preparados para a pandemia. Para Jimpeng a vacina deve ser um bem público e a China vai trabalhar para garantir que países mais pobres possam receber as doses. A declaração de Xi ocorre no meio de críticas por sua falta de abertura e transparência no início da pandemia. Essa semana médicos chineses disseram que foram proibidos de falar sobre o corona, em dezembro, quando surgiram os primeiros casos. Só em janeiro que a China informou a OMS. A China é questionada por Bolso, atacada pelo chancelar briguento Ernesto Araújo e o Itamaraty alertando para o “comunavírus” e criticando Pequim nos fóruns internacionais. Num claro recado ao Brasil, Xi adotou um tom firme ao dizer ao mundo que abandone preconceitos ideológicos, a mentalidade da Guerra Fria e que a China não aceitará esses preconceitos. Para ele cada país tem seu modelo, sua história e ninguém tem o direito de impor um sistema. Concordo com seu Xi.
MAIS VACINA – O presidente chinês fez um discurso claro e oportuno para o momento. Mostrou o que a China tem feito na pandemia ajudando e dando apoio e países pobres. OK. É preciso acabar com o preconceito porque a China é comunista, com todos os empecilhos que regime traz ao seu povo. E daí? Isso é lá com eles. O fator econômico é o que interessa, eles têm muuuuito dinheiro. Sua economia é a 2ª. do mundo e vai passar os EUA já… já! E estão ajudando outros países. Bobagem critica-los porque são comunas, que eles querem conquistar o mundo, que eles investem nos países para depois influenciar a adotar o comunismo e outras bobagens. Tem que acabar com isso. É discurso dos anos 60… 70… A China é nosso principal cliente nas exportações, vamos aproveitar o que eles têm de bom: tecnologia, investimentos e dinheeeiro!
E DÁ-LHE VACINA – A lambada que Bolso levou da China parece que deu resultado. Ele anunciou na 2ª. feira, 25, que a Embaixada da China informou que a exportação de 5.400 litros de insumo para a fabricação da coronavac estava sendo liberado para exportação ao Brasil. Devido a falta de insumos o Butantã estava a mais de uma semana sem produzir novas doses de vacina. Ele também acrescentou que a liberação dos insumos para a produção pela FioCruz da vacina Oxford Astrazeneca também estava sendo acelerado. Pois bem, no dia seguinte, 3ª, feira, 26 os 5.400 litros de insumo para a produção da coronavac chegaram e o que o presidente fez? Foi a TV, todo dengoso, agradecendo a China pelos insumos e cooperação. Esse tipo de comportamento é um procedimento que se aprende desde pequeno, quando se precisa de alguma coisa que você não tem, o negócio é ser amigo, ou fingir que é, de quem tem. Brigar, meter o pau, criticar é risco de ficar sem. O governo não precisa elogiar, mas pare de criticar a China, nosso principal parceiro comercial, porque vai precisar do país muito ainda. Ah! Vou tomar a vacina sim, seja lá de onde for, desde que comprove a eficácia.
A POLÍTICA – É absurdo a politicagem que Dória e Bolso estão fazendo com a vacina. O presidente meteu o pau na coronavac (agora agradeceu o envio dela) porque foi Dória que importou e o Butantã testou e está fabricando a vacina. Tudo política porque Dória pode ser candidato a presidência em 2022. A coronavac será a principal vacina dos brasileiros, fabricada em S. Paulo pelo Butantã, que pertence ao governo do Estado. Para cutucar Bolso, Dória convidou todos os ex presidentes vivos para um evento pró vacina para divulgar a importância da vacinação. Collor agradeceu, mas disse que não poderia ir devido a um compromisso. Lula e Dilma, claro, recusaram o convite alegando que não vão furar a fila, vão respeitar a ordem da vacinação. Mas o que é que isso tem a ver com o evento? Participaram Temer, Sarney online e FHC foi o único a estar presente. Dória foi acusado de politizar a vacina mais uma vez. Ele jura de pé junto que não tinha nada de política. O objetivo do encontro era institucional, valorizando a vida, a existência, a saúde e a proteção do povo. Ok! Mas vai convidar ex presidentes? Porque não médicos infectologistas, presidente do Butantã, da Fiocruz….
TCHAU! – Faustão estreou seu Domingão no dia 26/03/1989. Seu contrato termina em dezembro e na reunião para a renovação a Globo propôs a ele um programa às quintas feiras, às 11 da noite. Ele não topou. Com de 32 anos de Domingão disse que gostaria de encerrar sua carreira com o programa. E decidiu não renovar o contrato. Portanto, 2021 será o último ano de Faustão na sua telinha. Chega de Domingão! Ele quer agora Dominguinho e talvez vá morar em Miami. Com 70 anos está mesmo na hora de curtir a vida e aproveitar seus milhões. Seu rendimento é o maior da Globo, entre 4 e 5 milhões mensais entre salário e o merchandising que ele faz. Seu programa sempre foi líder de audiência, e o mais caro para anunciantes, uma inserção custa 1,2 milhões de reais. Ele ganhou muito, mas a Globo se entupiu de dinheiro também. Deixará saudade para seus fãs. Algumas de suas atrações de sucesso: Dança dos Famosos, Olimpíadas do Faustão, Se Vira nos 30, Arquivo Confidencial, Show dos Famosos, Videocassetadas, Caminhão do Faustão e outros mais. Faustão vai entrar para a história da TV no Brasil.
PARTIRAM – Quero homenagear algumas pessoas que partiram em 2020. Algumas eu era fã, outras tinha admiração. Atores: Sean Connery, Kirk Douglas, Max Von Sydow, Olivia de Havilland, Flávio Migliaccio, Nicete Bruno. Diretores Cinema: Alan Parker, Joel Schumacher. Música: Ennio Morricone, Morais Moereira, Aldir Blanc, Sérgio Ricardo. Escritores: Sérgio Sant’Anna, Rubem Fonseca. Empresários: Jack Welch, Aloysio de Andrade Faria, Joseph Safra. A eles, o sono eterno nos ceús.
FLÁVIO DE SENZI JR.
