Café Minuto

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Olá amigos! Estamos quase no final de janeiro de um novo ano, mas repare que continuamos a fazer tudo igual ao que fizemos nos anos anteriores. Em outras palavras a mesmice continuará do mesmo jeito. Encafifado com isso, pesquisei no baú do Google e acho que descobri a causa de todos os anos serem idênticos. Nosso primeiro Café de 2016 trará a vocês a história da criação do calendário e porque a vida se repete todos os anos.

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Quem criou o calendário, como conhecemos, foi um tal de Andropoulos Calendarium, daí o nome em sua homenagem. Seus pais eram gregos que migraram para Roma, onde ele nasceu. Não se conhece a data, pois o calendário não existia ainda. Um dia, estava na biblioteca de Roma e deparou-se com um livro de Galileu Kopernico provando que a Terra não era quadrada e levava 365 dias para dar a volta no Sol. Aí deu um estalo nele: dividiu 365 dias por 12 e criou os meses. Aí se encrencou. Como fazer para que os 365 dias coubessem em 12 meses? Junta daqui aperta dali, criou um grupo de sete dias dando o nome de semana para fazer parte do mês. Mas não deu certo. Resultou mês com 30 e 31 dias, um deles com 28 dias. Aí ele verificou que sobrava um dia a cada quatro anos e acrescentou-o no mês com 28 dias. A última semana do mês sempre terminava dividida, entre o mês que se encerrava e o mês que se iniciava. Simples, janeiro ficaria com 35 dias, mês de férias, e todos ganhariam mais uma semana de cinco dias de moleza. E aí os outros onze meses seriam com 30 dias, cinco semanas de seis dias. Pronto! Conta fechada. Mas ele estava cansado de quebrar a cabeça de tanto cálculo e deixou tudo assim mesmo.

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Mas houve acertos. Andropoulos percebeu que se trabalhassem direto todos os dias, sem descanso, seu calendário não seria aceito. E ele criou o domingo para dar um folga. Foi mais longe, resolveu criar festas ao longo do ano, onde não haveria trabalho nesses dias. Inventou o carnaval, sua melhor criação, uma festa alegre, com quatro dias para todos se divertirem, que o povão adorou e é sucesso até hoje. Mas a igreja chiou. Ele então reservou um dia para uma festa religiosa. Só um dia? E quatro de farra? Depois de negociações com o papa este sugeriu a páscoa, um dia para o corpo de Cristo, outro para celebrar seu nascimento e outros mais para alguns santos.

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Mas os trabalhadores perceberam a jogada. Quatro dias de folia e um monte de dias de comemorações religiosas? Calendarium argumentou que nesses dias, embora não houvesse folia, seriam dias de folga, cada um faria o que quisesse. Mesmo assim a pressão foi grande. Então para agradar a galera criou um dia de folga especial em homenagem aos trabalhadores: o dia do trabalho, que foi aceito de bom grado. Mais um dia sem trabalho é sempre convidativo. Houve aí, entretanto, uma mancada que ninguém percebeu: como um dia do trabalho se ninguém trabalha? Não há registro histórico de que alguém reclamou dessa falha. E seu houve ficou quieto, vai que o cara levantava a lebre e cancelassem o feriado.

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A essa altura o calendário do ano estava aceito por todos. Mas Andropoulos teve mais uma ideia. Porque não encerrar o ano e começar o outro com festa? Antes, porém, pediu uma audiência com o papa para expor seu plano. O natal era comemorado em outra data sem grande entusiasmo. Sugeriu então ao papa que transferisse o natal para o final de dezembro. Iria dar mais brilho à data que estaria próxima a uma grande festa de final e inicio de ano que ele pretendia incluir no calendário. O papa sacou logo. O pessoal comemorava o natal, emendava quase uma semana e festejava o inicio do ano. Assim o natal passaria a ser uma festa esperada e comemorada. E o calendário de seu Calendarium se transformou em sucesso que acabou sendo adotado em quase todos os cantos do mundo e vigora até hoje na maioria dos países do planeta.

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Porém, Andropoulos, em vez de bolar de tempos em tempos mudanças em sua criação motivando sempre o povo com novidades para não cair no lugar comum, acomodou-se em sua glória deixando tudo como estava. Quando todos se cansaram da repetição dos anos nosso amigo já tinha ido para o beleléu. Ninguém sabia mexer no calendário, muito menos fazer um novo. Andropoulos levou a fórmula para o túmulo. Então, aos poucos começaram a desvirtuar alguns feriados, principalmente os religiosos, para outros fins. Por isso é que hoje se vai à praia na semana santa, ninguém se lembra dos feriados religiosos e alguns dias de santos deixaram até de ser feriado.

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Com o tempo, países que adotaram esse calendário impossibilitados de mudanças, começaram a incluir datas nacionais para aumentar o número de feriados. Na base da marretada incluíram o dia da independência, dia do libertador, dia da república, dia do general, do aspone… Cada país escolheu seus feitos e heróis para aumentar o “doce far niente”. Uns mais, outros menos, dependendo da nação. Não satisfeitos ainda, em muitos países governos regionais inventaram feriados, governos locais também fizeram o mesmo para não ficarem por baixo. Quando não tinha mais o que incluir para fazer mais feriado, inventaram as férias. Variam de uma semana a mais de um mês, conforme a vontade de trabalhar do país. Não há dados confiáveis, mas comenta-se que o Brasil foi o país que mais incluiu feriados e foi o inventor das férias. Mas um dado é indiscutível, temos o melhor carnaval do mundo.

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Aí está à explicação, amigos, da mesmice de todos os anos. Andropoulos Calendarium, se tivesse deixado a fórmula para alterar o calendário não teríamos todos os anos iguais. Levou a receita para o túmulo e nos condenou a uma camisa de força. Por isso fazemos as mesmas coisas, entra ano, sai ano, de acordo com cada fase de nossa vida, com obrigações e responsabilidades inerentes a ela, não há como escapar. Portanto, a única maneira de mudar é tentar fazer diferente, à sua maneira.

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Vamos sorrir? Meneléia tinha mania de remédio caseiro, que ela aprendeu com a avó, uma senhorinha que morreu com 95 anos e nasceu, viveu e morreu nos confins do Brasil. Qualquer doença Meneléia preparava um chazinho de alguma erva ou fórmula estranha. Bezundino, seu marido que não andava bem, cansou-se dessas poções mágicas que não melhoravam seu estado, resolveu ir a um médico. Este, depois de examina-lo faz algumas perguntas
– o senhor fuma?
– Não doutor.
– Bebe?
– Uma cervejinha no fim de semana.
– Faz atividade física?
– Não tenho tempo doutor.
– Faz sexo?
– Muito pouco.
– Pois deveria fazer atividade física e bastante sexo. Depois receitou um remédio a ele.
Bezundino chega em casa e conta a Menélia o que o médico recomendou, principalmente sobre sexo e vai tomar um banho. Ela toda animada, veste um babydool, passa perfume e deita-se toda sensual a espera do marido, que sai do banho e se arruma todo.
– Aonde você vai, Bezu? diz ela surpresa.
– Você não ouviu o que o médico recomendou?
– Sim, por isso estou aqui prontinha para você!
– Lá vem você de novo com essa mania de remédio caseiro.

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David Bowie sabia que não tinha muito tempo de vida e preparou sua despedida. Gravou seu último álbum, lançado apenas dois dias antes de sua partida. A capa é sugestiva: fundo branco com uma estrela negra, daquelas que se usa antes do nome de alguém que partiu. Gravou dois clipes também, dias antes de seu adeus, um deles com o nome de seu álbum – Blakstar, o outro – Lázarus, mostra Bowie em uma cama de hospital, com os olhos vendados e dois botões no lugar dos olhos levitando. Foi um ícone da cultura pop rock sendo um dos mais versáteis e inovadores. Figura provocadora e enigmática, sempre se reinventando, ganhou apelido de camaleão. Possuía múltiplas habilidades: ator – cinema e teatro – produtor, arranjador, compositor… e também um ícone da moda. Em 2013, um museu famoso de Londres dedicou a ele uma bela exposição, que depois foi exibida em S. Paulo, no MIS, com recorde de público, do qual estive presente. Com 25 álbuns gravados, 136 milhões vendidos e influencia em vários artistas e bandas que surgiram depois dele, Bowie deixa um importante legado. Adeus, cara!

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Star Wars – O Despertar da Força continua com força total a caminho de ultrapassar os 2 bilhões de dólares, se é que já não ultrapassou enquanto vocês leem essas linhas. O filme custou 200 milhões de dólares e a Disney vai encher seus cofres. Mas essa nem é a força principal de lucro: o licenciamento e merchandising da marca tem muito mais força. Estima-se que desde o primeiro Star Wars, de 1977, já rendeu 32 bilhões em licenciamento. Star Wars foi o primeiro filme a descobrir a força da receita além da bilheteria com o licenciamento e merchandising da marca. Só no Brasil, segundo a Disney, existem 150 empresas licenciadas produzindo 1.500 itens. Um colosso! E vem mais por aí. Despertar da Força deixa várias perguntas com força para serem respondidas nos dois próximos filmes dessa nova trilogia.

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